quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Falta de Piloto de Helicóptero no mercado

As empresas de táxi aéreo já enfrentam dificuldade para preencher vagas de pilotos e copilotos de helicóptero. Custo elevado de formação, dificuldades de certificação e crescimento da demanda devido ao pré-sal são alguns dos fatores que explicam o problema, diz a Abraphe (Associação Brasileira de Pilotos de Helicóptero). O comandante Rodrigo Duarte, diretor da Abraphe, afirma que há um deficit de
ao menos 30 comandantes para helicópteros de grande porte em rotas do petróleo.
Um dos entraves para o aumento da mão de obra no segmento é o nível de exigência definido pela OGP, a associação internacional de produtores de óleo e gás.
No caso da Líder Aviação, que tem participação de 42% nesse segmento, os copilotos precisam ter um mínimo de 500 horas de voo, e os comandantes, de 2.000 horas.
O setor investe na aquisição de aeronaves maiores e mais eficientes para o pré-sal. A Líder trouxe três helicópteros S-92, com capacidade para até 21 passageiros.
Henri Fazzioni, chefe da divisão de ensino da OMNI Táxi Aéreo, afirma que as empresas terão de fortalecer os centros de ensino.
A Omni abriu uma escola de formação há um mês. "Preciso muito de pilotos. Estou procurando 12 para contratar, mas não tem no mercado", disse Fazzioni.
Empresas já recusam pedidos de serviço por falta de profissionais, observa Fernando dos Santos, superintendente do Sneta (Sindicato das Empresas de Táxi Aéreo). "O quadro irá se agravar, se observada a idade média dos pilotos. Boa parte tem idade superior a 50, 60 anos."
Ainda de acordo com o Sneta, existem 150 helicópteros voltados para as atividades petrolíferas. Nos próximos cinco anos, de 60 a 70 aeronaves serão incorporadas a essa frota.
Segundo Sérgio Zanchetti, da escola para pilotos Go Air, a falta de profissionais já se reflete nos salários. Ele afirma que, com um salário médio de R$ 15 mil, alguns comandantes já recebem um valor 15% a 20% maior.
Zanchetti lembra que o mercado de São Paulo, que concentra 40,8% da frota de helicópteros do país, também deverá sentir os efeitos da escassez de profissionais.
"Com a quantidade de helicópteros que as empresas estão encomendando, vão faltar mais pilotos dentro de três anos", disse.
A HeliSolutions, que trabalha com o sistema de propriedade compartilhada de helicópteros (os sócios dividem o uso do aparelho), afirma que o mercado não consegue suprir a demanda por profissionais qualificados.
De 2009 para cá, a demanda por piloto aumentou 25%. A empresa deve receber mais três helicópteros neste ano.
 
Fonte: Mundo Aviação Brasil

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Pesquisa: litoral do Piauí revela potencial turístico e confirma demanda aérea


Com o intuito de demonstrar a viabilidade do potencial turístico de Parnaíba e regiões vizinhas, a Secretaria Estadual de Turismo (Setur) realizou a análise do fluxo de passageiros aéreos e terrestres que se destinam para o município. Após a execução das análises, o órgão demonstrou o potencial atrativo do turismo no litoral piauiense, o qual servirá de argumento durante as negociações para a atração de empresas aéreas para atuarem no Aeroporto Internacional de Parnaíba.

Aeroporto de Parnaíba.

O relatório foi apresentado na íntegra pelo secretário de Turismo, Marco Bona, durante reunião com membros das Secretarias de Turismo do Nordeste, representantes da Infraero, Fundação Comissão de Turismo Integrado do Nordeste (CTI), além de representantes de empresas aéreas e serviços aeroportuários, na última quinta-feira (13), na sede da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene).

O texto revela aspectos socioeconômicos da Rota das Emoções, da qual o litoral piauiense faz parte, quantidade de passageiros embarcados em Parnaíba - aéreo e terrestre, além do perfil da demanda da cidade quanto à utilização do transporte aéreo. O documento visa apresentar um estudo introdutório acerca do movimento de passageiros entre as cidades de Parnaíba, Teresina, Fortaleza e São Luís, englobando o fluxo terrestre e aéreo.
Tais informações foram coletadas a partir de pesquisa direta junto às principais agências de viagens e empresas de transporte rodoviário dos municípios de Parnaíba e Teresina, além de fontes secundárias, como a Prefeitura de Parnaíba, CTI Nordeste, Infraero e Secretaria Estadual de Transportes (Setrans).

“Com o objetivo de estimular a vinda das companhias aéreas para os aeroportos do interior do Estado, o Governo do Piauí reduziu o ICMS (de 12% para 3%) no abastecimento de aeronaves em Parnaíba e São Raimundo Nonato”, afirma Marco Bona. Mensalmente, as operadoras de transporte rodoviário vendem uma média de 7.026 passagens com destino a Parnaíba, vindos de Teresina, Fortaleza e São Luís.
Segundo o secretário-executivo da CTI Nordeste, Roberto Pereira, os resultados obtidos durante a reunião na Sudene significam um passo expressivo. “Fixamos metas como a proposta de todos os estados trabalharem com a renúncia fiscal, cobrando apenas 3% de ICMS do querosene, item caro e indispensável na aviação. Agora, devemos aguardar a conversa entre os governos e observar as definições para a próxima reunião, no dia 18 de outubro”, afirma. Meta esta que já foi concedida pelo governador Wilson Martins aos aeroportos de Parnaíba e São Raimundo Nonato.

Dados de emissões em Parnaíba
De acordo com dados contidos no relatório do fluxo de passageiros para Parnaíba são emitidos uma média de 7.596 bilhetes na cidade, com embarques em Teresina, São Luís e Fortaleza. “Isso demonstra o potencial de compra de passagens na região, que pode ser ampliado significativamente com a operação das companhias aéreas no aeroporto de Parnaíba”, relata o secretário estadual de Turismo.

É válido ressaltar que na análise não estão incluídas as passagens aéreas e pacotes turísticos adquiridos através da compra direta pela internet e/ou através de operadoras. Além disso, dentre os usuários entrevistados, um total de 70,6% mostraram interesse de substituir o transporte rodoviário pelo aéreo.
fonte: blog do pessoa